“Vem, agora, e eu te enviarei a Faraó,
para que tires o meu povo, os filhos de Israel, do Egito” (Êxodo 3.10).
Essas palavras encorajadoras e desafiadoras foram pronunciadas por Deus
a Moisés. O povo do Senhor, os israelitas, estava sendo escravizado
pelo império de faraó no Egito. Deus, então, decide tirar Seu povo do
jugo da escravidão e libertá-los. Para isso, o Senhor “precisava” de um
líder para chegar diante do povo e anunciar que Ele (Deus) estava
ouvindo as orações do povo e que promoveria a liberdade deles. Além de
ter que ir até ao faraó dizer que o seu domínio chegara ao fim, esse
líder também teria que conduzir o povo à terra que manava leite e mel.
Diante da convocação de Deus, Moisés
recusa. Deus opera milagres através das mãos de Moisés, como a vara que
se transformava em serpente e a mão leprosa, mas, mesmo assim Moisés
recua e recusa a chamada. As lições desse contexto são maravilhosas:
Deus vê a opressão do Seu povo; vê a maldade do opressor; ouve as
orações e o clamor de seu povo por liberdade; conhece o sofrimento de
Seu povo; faz promessas.
Dentre todas as lições que podemos
tirar desse contexto, destacamos aqui: a vocação divina. Moisés não
estava diante de um recrutador profissional de RH fazendo uma
entrevista. O que estava em jogo não eram valores monetários, mas vidas,
sonhos e a própria história do povo de Deus.
Deus não estava perguntando as
habilidades de Moisés e nem queria ouvir as desculpas dele, pois, Ele em
sua soberania, já sabia. Deus queria mostrar a Moisés que ele seria
capacitado pelo Senhor para realizar a obra da libertação do povo do
Egito, pois aquele não era o local que Deus desejava que Seu povo
criasse raízes. Ele tinha outros planos, outras promessas.
Moisés se desculpou e se esquivou do
chamado de Deus dizendo que era gago, insignificante, não possuía
credibilidade diante do povo, ainda era jovem e sentiria solidão. As
mesmas desculpas nós usamos hoje para não divulgarmos as boas novas do
evangelho. Parece que não nos preocupamos com as pessoas que padecem,
sofrem e são escravizadas – estas carecem da liberdade promovida pelo
Senhor.
Diante do chamado de Deus para a
proclamação da liberdade, que só o Senhor pode promover, não podemos
simplesmente apresentar uma lista de desculpas e medos, contudo, uma
vida consagrada, uma mente obediente e um coração dócil à voz do Senhor.
Deus elimina as nossas desculpas com
Seu poder Eterno. Deus faz promessas grandiosas, quando chama e
vocaciona alguém. Diante do medo, da insignificância e da solidão de
Moisés, Deus diz: “Eu serei contigo; e este será o sinal de que eu te
enviei” (Ex 3:12). Diante da falta de credibilidade e intimidade com o
Senhor, Deus diz: “EU SOU me enviou a vós outros” (Ex3:14) Diante da
gagueira e da falta de eloquência, Deus diz: “Quem fez a boca do homem
não sou eu, o Senhor?” (Ex 4:11). Deus elimina todas as desculpas de
Moisés e ensina que vocação é coisa de Deus: milagre.
Quando Deus chama, seguramente Ele
capacita e quebra todas as barreiras. Portanto, precisamos gastar mais
tempo na vocação que Deus nos deu, do que na lista de desculpas e
eliminar os medos e a insegurança. Enquanto listamos nossas desculpas,
pessoas carecem aprisionadas. Participe desse movimento: chega de
desculpas! A seara é grande e poucos são os ceifeiros, porque
desperdiçam tempo em fugas e não investem seus esforços e energias no
que sabem fazer bem, isto é, para aquilo que Deus os vocacionou. Ouça a
voz de Deus. Ele está te chamando.
Fonte: Ultimato
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